É Natal! Época de festas. Que maravilha! É o momento de montarmos a árvore e o presépio.
Tempo
de comércio movimentado e aberto até mais tarde. É preciso pensar nos
presentes e ir às compras: vamos comprar brinquedos, comprar roupas
novas, sapatos novos (que bom que tem décimo terceiro!!!).
É
Natal! Época de comidas típicas! A televisão vai começar aquela maratona
das mesmas matérias: que roupa vestir, que maquiagem fazer, o que
preparar para a ceia, e depois vai nos ensinar como perder os quilos
extras adquiridos nos dias de fartura, vai dar dicas de como curar a
ressaca... Tudo tão apropriado...
SERÁ???
Olhemos bem à
nossa volta. Por que a festa que deveria ser sinônimo de simplicidade,
singeleza, transformou-se neste festival de consumismo? Por que tanto
estresse? Por que tanta correria? Por que tanto nervosismo?
Olhemos
a expressão de cansaço dos funcionários das lojas e supermercados, que
têm que atender com solicitude e paciência clientes estressados,
mal-humorados! Olhemos para as ruas e os shoppings tomados por uma
grande multidão afoita!
Olhemos para as ceias: comidas e troca de presentes!
E
o mundo fica vermelho e branco. Basta dar um passo e damos de cara com o
Papai Noel: nas vitrines, nos supermercados, nas farmácias, nos postos
de gasolina. Por todos os cantos lá está o “bom velhinho”. O grande
personagem da festa. O quê? O grande personagem da festa? Mas que
heresia!
Sim, uma grande heresia que infelizmente vem sendo propagada cada vez mais.
Um
dia, eu vi uma reportagem na TV na qual uma criancinha era questionada
sobre o que era o Natal, e ela não hesitou em responder: “é a festa do
Papai Noel” (assim, como para tantas e tantas outras crianças a Páscoa é
a festa do coelhinho).
Nada mais natural do que ela pensar assim, porque para onde quer que olhemos lá está ele, parado, dançando, cantando...
Não,
eu não vou discutir a figura do Papai Noel, até porque dizem que lá na
origem (das origens) ele tem inspiração cristã. Seria um bispo generoso.
Mas a lógica que faz dele hoje um personagem tão famoso é essa? A
caridade cristã? Sinceramente, duvido. E cá entre nós, está certo isso?
Está certo o Natal se transformar numa data tão comercial e o Papai Noel
ser o grande destaque?
E JESUS? Que lugar Ele tem em seu
próprio aniversário? Seria mais um personagem para decorar o presépio? É
nisso que se transformou o nosso Natal? O que está acontecendo conosco?
Por que deixamos as coisas chegarem a este ponto?
Que
lastimável! Uma festa Santa, ser marcada desta forma pelo consumismo,
bebedeiras, mortes no trânsito. Festa marcada pelo estresse, cansaço,
esgotamento total. E o pior de tudo: lamentavelmente, é preciso dizer
que isso ocorre em muitos lares cristãos, de católicos que frequentam a
missa todo domingo.
Temos que mudar isso! Temos que
recristianizar o Natal! E não somente o Natal, mas a Páscoa, o dia de 12
de Outubro, de Nossa Senhora Aparecida. O primeiro dia da Semana, o
Domingo da Ressurreição, Domingo do Senhor.
Temos que recristianizar a
cultura. Viver a Cultura de Pentecostes, na qual o centro é Jesus
Cristo, Senhor, Salvador que nos foi dado numa simples manjedoura. Pobre
do nascimento à morte. Manso e humilde! Sendo Deus não quis se valer de
sua condição.
Não é justo, não é certo que o Seu nascimento
tenha perdido o verdadeiro significado. Nossas consciências não podem
estar tão anestesiadas. Temos que reagir!
Claro, não vamos
conseguir convencer o mundo neste Natal. Mudar um cultura leva um certo
tempo. Mas que tal começar por nossas casas, nossas famílias? Que tal
fazer da noite de Natal uma verdadeira festa cristã? Que tal falarmos
francamente sobre isso em nossos Grupos de Oração e propormos a mudança?
Temos
que ensinar a nossas crianças o valor verdadeiro desta festa. Que ótima
oportunidade de evangelizarmos nossos pequenos (e também os adultos).
Aqui,
faço uma breve partilha: Eu aprendi sobre Jesus quando era pequena.
Minha mãe falava sobre Ele, e com apenas três ou quatro anos de idade
(até onde posso lembrar, mas creio que ela falasse antes) eu já sabia
que Deus tinha vindo à terra. E aquilo me encantava. Eu ficava imaginado
onde Ele tinha morado. O que Ele tinha feito enquanto viveu aqui. Eu
queria saber no que Ele tinha tocado, onde tinha pisado. Eu aprendi a
amar Jesus quando era criança. E ainda hoje recordo desse sentimento.
Ele permaneceu em meu coração esses anos todos e sempre sustentou minha
fé. Todas as vezes que eu tive crises de fé, sem exceção, eu me lembrei
do que aprendi sobre Jesus quando muito pequena. Sou capaz de me lembrar
até mesmo das palavras de minha mãe.
Partilho isso para testemunhar
que vale a pena, que é preciso sentar e falar de Jesus para as nossas
crianças. Contar a história Dele. Linda história! Elas têm o direito de
saber quem é o aniversariante desta festa. Elas têm o direito de
conhecer Jesus Cristo!
Jesus tem que ser o centro de tudo em nossas vidas, e tem que ser o centro desta época do ano. Vamos recristianizar o Natal!
Vamos
fazer um grande louvor ao Pai porque há dois mil anos Ele nos enviou
seu Filho amado, para que tivéssemos vida. Ele nos deu o maior presente
que poderíamos receber. Deu-nos, por meio de Jesus Cristo, acesso
irrestrito ao seu Trono, nos resgatando da morte eterna.
Vamos
fazer de nossas ceias uma festa cristã. Celebrar o nascimento do nosso
Senhor. Vamos fazer programações de Natal em nossos Grupos. Vamos
convidar o bairro inteiro. Vamos partilhar mais. Ajudar os irmãos
necessitados, mas não apenas doando alimentos e sim falando do Senhor do
Natal, porque eles não têm fome apenas de pão. Vamos recristianizar o
Natal!
Que isso inquiete em nossos corações... Inquietação santa, necessária!
Que
o Espírito Santo nos conduza a vivermos um Santo Natal, honrando e
glorificando o Filho Amado do Pai. Nosso Senhor e Salvador que desceu do
céu para nos tirar do poder da Morte. A Ele, Jesus, o Senhor, toda
honra, toda glória, todo louvor! Amém!
Lúcia Volcan Zolin
Coordenadora nacional do Ministério de Comunicação